Tribunal Superior Eleitoral acolhe sugestões formuladas pelo advogado Leandro Reis para alterações em Resoluções que regerão as Eleições Municipais de 2024.

Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovaram, na sessão da última terça-feira (27/02/2024), todas as 12 resoluções que regerão as Eleições Municipais de 2024. As normas orientam candidatas, candidatos, partidos políticos, eleitoras e eleitores sobre as regras e diretrizes do pleito deste ano, previsto para o dia 6 de outubro (1º turno), que definirá os novos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores do país para os próximos quatro anos.


Duas sugestões apresentadas pelo advogado Leandro Reis foram acatadas por unanimidade pelo Tribunal. A primeira, relacionada à Resolução de Ilícitos Eleitorais, teve como finalidade aperfeiçoar a redação que trata da configuração da fraude à cota de gênero; e, a segunda, relacionada à Resolução que trata das representações, reclamações e pedidos de direito de resposta, para fins de inserir no rol das representações especiais o caso da transmissão de programa apresentado ou comentado por pré-candidato a partir de 30 de junho, que pode levar ao cancelamento do registro do candidato.


O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, registrou que o Tribunal aprovou uma das normatizações mais modernas do mundo com relação ao combate à desinformação, às fake news e ao uso ilícito da inteligência artificial (IA). O presidente destacou que a resolução permitirá que a Justiça Eleitoral tenha “instrumentos eficazes para combater o desvirtuamento nas propagandas eleitorais, nos discursos de ódio, fascistas, antidemocráticos e na utilização de IA para colocar na fala de uma pessoa algo que ela não disse”.

Relatadas pela vice-presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, as resoluções foram elaboradas a partir das normas-base, publicadas em anos anteriores. As alterações, pontuais, decorreram da necessidade de atualização e foram feitas após ouvir as sugestões dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), de partidos políticos, de cidadãos, de universidades e de entidades da sociedade civil em audiências públicas, realizadas em janeiro.

Conforme explicou a relatora, as resoluções das eleições buscam dar exequibilidade e efetividade aos fins postos no sistema constitucional e na legislação de regência, “com absoluta deferência e respeito aos comandos do Poder Legislativo. O papel da Justiça Eleitoral com as resoluções é apenas desdobrar o que está posto na Constituição e nas leis”, ressaltou a ministra Cármen Lúcia.

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